Belém vira galeria a céu aberto durante a COP 30 com obras que despertam alertas e reflexões
Belém vira galeria a céu aberto durante a COP 30 Belém ganhou novas cores, formas e sentidos com as intervenções artísticas instaladas para a COP 30, que ...
Belém vira galeria a céu aberto durante a COP 30 Belém ganhou novas cores, formas e sentidos com as intervenções artísticas instaladas para a COP 30, que levam mensagens sobre clima, consumo e futuro. As obras, distribuídas por praças públicas e outros espaços, convidam quem circula pela capital a refletir sobre o momento histórico vivido pela Amazônia. Entre as iniciativas que compõem esse circuito está o Art na Lata, intervenção instalada na Praça da Bandeira com 15 esculturas gigantes em formato de latas de alumínio, customizadas por artistas paraenses de diferentes estilos. Entre eles está Almir Trindade, artista paraense idealizador da Semana de Arte e Muralismo, que defende que a presença dessas manifestações durante a conferência reforça o papel da arte como agente de transformação social. 📲 Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp “A arte tem capacidade de transformar o espaço urbano. Ela afirma quem somos e conta nossa história”, afirma. No roteiro visual da COP 30, esculturas monumentais, instalações imersivas e obras interativas, como Gaia, A Onda, Eggcident, e outras intervenções, completam esse mosaico que transforma Belém em uma grande galeria a céu aberto. Veja as principais intervenções artísticas que foram feitas na cidade. ➡️ Monumento “Espírito Guardião Dragão-Onça” une cultura amazônica e tradição chinesa na Freezone Monumento “Espírito Guardião Dragão-Onça” Divulgação Belém recebeu o monumento “Espírito Guardião Dragão-Onça”, criado especialmente para a COP 30 pela artista chinesa Huang Jian, em uma cerimônia realizada na Praça da Bandeira, área da Freezone Cultural Action. Produzida em bronze em apenas dois meses, a peça combina a ancestralidade amazônica com elementos da mitologia chinesa, representados pela fusão entre a onça e o dragão. O monumento integra o conjunto de legados culturais deixados pela conferência em Belém e vem acompanhado da escultura “Mãe Brasil”, que retrata uma figura feminina sobre uma vitória-régia. ➡️ Monumento "Mãe Brasil"na Praça da Bandeira Mãe Brasil Selma Amaral/ ASCOM SEMCULT O monumento "Mãe Brasil", instalado na Praça da Bandeira, foi inaugrado junto com o "Espírito Guardião Dragão-Onça" e ambos criados pela artista Huang Jian (China), embaixadora de arte olímpica do Comitê Olímpico Internacional (COI). Acompanhada da escultura comemorativa "Mãe Brasil", que retrata figura feminina sobre uma vitória-régia. ➡️ Art na Lata transforma Praça da Bandeira em galeria urbana Art na Lata transforma Praça da Bandeira em galeria urbana durante a COP 30 Almir Trindade O Art na Lata integra a programação cultural da COP 30 com uma mostra gratuita que ocupa a Praça da Bandeira até o dia 21 de novembro. O projeto reúne 15 esculturas gigantes em formato de latas de alumínio, com 1,9 metro de altura e 1 metro de diâmetro, customizadas por 16 artistas paraenses de diferentes estilos. A iniciativa faz parte da Freezone Cultural Action e é patrocinada pela Novelis, destacando a lata de alumínio como a embalagem mais reciclada do país e reforçando a importância da reciclagem e do consumo consciente. ➡️ Rua histórica de Belém recebe “teto de crochê” feito por mais de 200 artesãos Artesãos levaram rede de crochê do Solar da Beira à travessa. Divulgação Mais de 200 artesãos paraenses se uniram para criar um grande “teto de crochê” que cobre 60 metros da travessa Ocidental, no Complexo do Ver-o-Peso. A intervenção utiliza mais de mil novelos de linha 100% algodão e foi produzida em apenas um mês, de forma totalmente voluntária. Cada artesão confeccionou manualmente pequenos quadrados de crochê que foram unidos para formar a rede colorida que passa a integrar a paisagem do centro histórico durante a COP 30. A iniciativa, que integra o Projeto Ver a Arte, busca valorizar o trabalho manual, resgatar a autoestima dos artesãos e dar visibilidade à tradição do crochê, além de reforçar o uso de materiais naturais e o envolvimento comunitário na preparação da cidade para a conferência. ➡️ Mostra reúne obras feitas com cinzas de incêndios florestais Mostra reúne obras feitas com cinzas de incêndios florestais Marina Persegani A exposição “Cinzas da Floresta”, na Casa COP do Povo, reúne cerca de 40 obras produzidas a partir de carvão e cinzas coletadas em áreas atingidas por queimadas na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. Entre os destaques está o mural “Defensores”, criado por cinco artistas, que retrata uma marcha simbólica onde diferentes gerações, povos e lutas se encontram. O artista e ativista Mundano, idealizador da mostra, percorreu mais de 10 mil quilômetros para coletar 200 kg de cinzas, transformando os vestígios da devastação em denúncia e memória. A iniciativa conta com a participação de ativistas de 20 países e tem caráter social: todo o valor arrecadado com a venda das obras é destinado à Rede Nacional de Brigadas Voluntárias, que atua no combate a incêndios florestais em todo o país. ➡️ Escultura “Gaia” transforma Blue Zone da COP 30 em retrato da Terra visto da Lua A instalação Gaia, do artista britânico Luke Jerram, é uma das principais atrações visuais ligadas à COP 30 em Belém. Arthur Raphael de Araújo Ferreira A instalação Gaia, do artista britânico Luke Jerram, é uma das principais atrações visuais ligadas à COP 30 em Belém. Situada na Blue Zone, a obra tem sete metros de diâmetro e reproduz o planeta Terra a partir de imagens reais da NASA, ficando suspensa no espaço principal da conferência. A estrutura gira lentamente e, vista à distância, simula a perspectiva da Terra observada da Lua. A proposta da instalação é chamar atenção para a fragilidade ambiental do planeta e reforçar a necessidade de ações concretas diante da crise climática. ➡️ Instalação “A Onda” transforma plástico descartado em alerta ambiental no Ver-o-Rio A Onda, está no Centro Turístico Ver-o-Rio, em Belém. Divulgação A instalação “A Onda”, do artista Eduardo Baum, está exposta no Complexo Turístico Ver-o-Rio. Feita com cerca de 30 mil peças plásticas coletadas em cooperativas de reciclagem, a obra forma uma grande massa azul que simula o movimento de uma onda. O trabalho denuncia os impactos do descarte irregular de plástico nos rios e oceanos e reforça a urgência de fortalecer a economia circular e as iniciativas de reciclagem na Amazônia. ➡️ Jaguar Parade espalha esculturas de onças por Belém para celebrar a biodiversidade Jaguar Parade abre ateliê para customização de esculturas da onça-pintada. Divulgação A Jaguar Parade ocupa as ruas, praças e pontos turísticos de Belém com cerca de 50 esculturas de onças entre 25 de outubro e 30 de novembro, transformando a cidade em uma galeria a céu aberto durante a COP 30. As peças, finalizadas em ateliês por artistas convidados, reforçam a importância da conservação da espécie e da biodiversidade amazônica. Referência mundial em arte urbana voltada à preservação ambiental, a Jaguar Parade já passou por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Paris e Nova York, e agora integra o circuito de intervenções que dialogam com a agenda climática na capital paraense. ➡️ Instalação “Eggcident” usa ovos gigantes para alertar sobre aquecimento global no Boulevard da Gastronomia Eggcident, está no Boulevard da Gastronomia, em Belém. Divulgação A instalação “Eggcident”, do artista Henk Hofstra, apresenta enormes ovos fritando ao sol, uma imagem direta e provocativa sobre o aquecimento global e a urgência de mudar hábitos para reduzir emissões. Montada no Boulevard da Gastronomia, a obra ganha novo significado na Amazônia, onde os efeitos da crise climática são ainda mais evidentes. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará